A Polícia Nacional da Espanha informou nesta segunda-feira, 15, que desarticulou a infraestrutura do órgão oficial de comunicação da guerrilha colombiana Exército de Libertação Nacional (ELN), em uma operação na qual foi preso em Madri o seu administrador.
A infraestrutura foi utilizada pelos terroristas para reivindicar a autoria do atentado cometido em 17 de janeiro contra a Academia de Cadetes General Santander em Bogotá, na Colômbia, no qual morreram 22 pessoas e 66 ficaram feridas.
O detido, que é de nacionalidade espanhola, é acusado de crime de terrorismo por abrigar material de propaganda e difusão de conteúdo do ELN, informou a Direção Geral de Polícia da Espanha em comunicado. Ele foi preso em uma operação no sábado.
Durante as investigações, constatou-se que o servidor de uma associação administrada pelo detido hospedava o site oficial do grupo na internet, chamado "ELN-Voces", e outros portais oficiais utilizados pela organização.
Também ficou comprovado que o detido administrava a infraestrutura utilizada para trabalhos de propaganda e comunicação oficial do ELN, acrescentou a polícia espanhola.
As investigações começaram quando se soube que o ELN utilizou seu site oficial, hospedado em servidores da associação espanhola, para reivindicar pela primeira vez a autoria do atentado em Bogotá.
Um integrante do ELN provocou a explosão do veículo que conduzia carregado com 80 quilos de pentolite ao chocá-lo contra os muros do alojamento da escola policial.
Durante a operação, realizada com a colaboração da polícia colombiana, os agentes fizeram duas diligências, uma na residência do detido e outra na sede da associação que ele administrava.
O ELN é considerado a última guerrilha na Colômbia depois do acordo de paz de 2016 que desarmou e transformou as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em partido político. (Com agências internacionais)
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