Os Estados Unidos impuseram sanções contra o Banco Central da Venezuela nesta quarta-feira (17), informou o conselheiro de segurança nacional John Bolton, anunciando em Miami novas medidas contra o que chama de "troica da tirania" de Havana, Caracas e Manágua.
Em seu discurso durante um almoço com a comunidade de exilados cubanos em Miami, Bolton também anunciou restrições às viagens e envio de remessas para Cuba, bem como sanções contra o filho do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega.
O objetivo do conjunto de medidas é "reverter as consequências das políticas desastrosas da época (do ex-presidente Barack Obama) e acabar com a glorificação do socialismo e do comunismo", disse Bolton.
Em particular, os Estados Unidos proibirão as transações dos EUA com o Banco Central da Venezuela, bem como as de sua diretora, Iliana Ruzza Terán.
"O Tesouro está designando o Banco Central da Venezuela para evitar que ele seja usado como uma ferramenta pelo regime ilegítimo de (Nicolás) Maduro, que continua a sobrecarregar os ativos da Venezuela e explorar instituições governamentais para enriquecer seu povo corrupto", detalhou o Tesouro dos Estados Unidos em uma declaração que acompanhou o discurso de Bolton.
O Departamento do Tesouro especificou que tomou medidas para garantir que os venezuelanos comuns possam usar cartões de débito e crédito, mesmo que o banco esteja na lista negra.
Bolton também anunciou ações contra Laureano Ortega Murillo, filho do presidente Ortega e sua esposa Rosario Murillo, que é vice-presidente e primeira-dama.
O Tesouro acusou o jovem de fazer "negócios corruptos" com investidores estrangeiros.
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