As sanções americanas contra a Venezuela representam crimes de "lesa-humanidade" - denunciou nesta quinta-feira (18) o chanceler Jorge Arreaza, um dia depois de Washington proibir transações com o Banco Central venezuelano.
"Estas ações das quais se orgulham constituem a todas as luzes delitos de LESA-HUMANIDADE. Tomaremos ações", afirmou Arreaza no Twitter.
O ministro considerou que o governo de Donald Trump toma "decisões para bloquear processos econômicos e afetar todo um povo".
Caracas afirma que as medidas da Casa Branca provocaram o bloqueio de cerca de US$ 30 bilhões, afetando a importação de medicamentos - em escassez severa - e alimentos, muitos caros devido à hiperinflação.
"Definitivamente, o imperialismo transita na mais grotesca de suas etapas", disse Arreaza, referindo-se à norma que complica pagamentos em dólares de bens importados.
Ao anunciar na quarta-feira a nova rodada de sanções, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, disse que eles buscam "reverter as consequências das políticas desastrosas da época do [ex-presidente Barack] Obama e acabar com a glorificação do socialismo e do comunismo".
O governo do presidente socialista, Nicolás Maduro, garante, porém, que a "clara intenção" é "tirar do jogo" o Banco Central, afetando suas "operações e sua relação com os prestadores de serviços financeiros globais e americanos".