O governo chileno anunciou neste domingo que iniciará o processo para se retirar da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), do qual já havia se afastado no ano passado.
O Chile considera que a Unasul, fundada na última década quando governos de esquerda dominavam a região, "se afastou dos princípios que inspiraram sua criação e hoje é uma instituição altamente politizada e ineficiente".
Neste contexto, "o Governo do Chile decidiu consultar o Congresso Nacional para proceder à denúncia do Tratado Constitutivo da Unasul", segundo o comunicado divulgado pela Presidência.
O governo de Piñera aponta que Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai e Equador, que, juntamente com Chile suspenderam a sua participação do bloco em 2018, "iniciaram formalmente o processo de denunciar o Tratado e abandonar o bloco".
Nascida em 2008 com 12 membros, o grupo foi reduzido a Bolívia, Guiana, Suriname, Uruguai e Venezuela.
O Chile destaca que a instituição está "acéfala" desde 2017, quando não conseguiu eleger um novo secretário-geral para suceder o colombiano Ernesto Samper.
Em resposta ao declínio do grupo, o Chile liderou no final de março em Santiago uma reunião de presidentes para formar, juntamente com a Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru, o Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul).
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