O ex-diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, confirmou nesta terça-feira a procuradores peruanos que a construtora aportou dinheiro à campanha eleitoral do ex-presidente Alan García em 2006, segundo a procuradoria.
"Toda a informação que entregue pelo senhor Barata foi rigorosa e o que eu posso dizer é que estamos em condições de que as hipóteses de investigação do Ministério Público estão se comprovando", disse o procurador Rafael Vela, chefe da equipe que interrogou o ex-responsável da Odebrecht nesta terça-feira em Curitiba.
Vela afirmou que Barata corroborou plenamente a tese da procuradoria de que Odebrecht fez aportes ao partido Aprista (social-democrata) de Alan García na campanha de 2006, que o levou ao poder pela segunda vez (a primeira foi em 1985-1990).
"O senhor Barata respondeu todas as perguntas e está se submetendo à justiça peruana em todo o sentido da palavra", disse Vela.
García se matou há seus quando seria preso no marco da investigação. Ele sempre negou ter recebido subornos da Odebrecht, mas a procuradoria afirma que o dinheiro chegou a ele por meio de alguns assessores.