A chuva continuava a cair neste sábado no norte de Moçambique, devastado por um ciclone na quinta-feira passada, provocando medo de inundações nesta região remota, constatou um jornalista da AFP.
O ciclone Kenneth deixou pelo menos um morto e destruiu parcialmente ou completamente 3.300 casas, segundo o Instituto de Gestão de Situações de Emergência (INGC) do país.
Cerca de 18.000 pessoas encontraram refúgio em abrigos de emergência.
Ele chegou em Moçambique com força extrema, superior à do ciclone Idai em 14 de março, com rajadas de vento de 280 km/h e acúmulo de chuva de 100 a 150 mm de água em 24 horas.
Neste sábado, já rebaixado a uma depressão tropical, foi "bloqueado" na província moçambicana de Cabo Delgado, onde deve permanecer por "pelo menos dois dias", de acordo com o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
"Esperamos fortes chuvas nos próximos dias", alertou o OCHA, que "pode causar grandes inundações em Cabo Delgado".
Esta manhã, os serviços de resgate, principalmente militares brasileiros, do OCHA e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) chegaram a Pemba, capital de Cabo Delgado, para "avaliar a situação", explicou Kleber Castro, dos serviços de resgate brasileiros.
É a segunda vez em menos de um mês e meio que um ciclone chega a Moçambique, depois de Idai, que deixou mil mortos no centro do país e no vizinho Zimbábue em março.
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