O ciclone Keneth causou a morte de pelo menos cinco pessoas durante sua passagem pelo extremo norte de Moçambique, segundo um balanço anunciado neste sábado pelo primeiro-ministro do país africano, Carlos do Rosário, logo após chegar à região onde cai uma forte chuva, provocando medo de inundações.
O ciclone destruiu parcialmente ou completamente 3.300 casas, de acordo com o Instituto de Gestão de Situações de Emergência (INGC) do país.
Cerca de 18 mil pessoas encontraram refúgio em abrigos de emergência.
Com rajadas de vento de 280 km/h e acúmulo de chuva de 100 a 150 mm de água em 24 horas, o Kenneth atingiu o território moçambicano com força extrema, superior à do ciclone Idai, que em 14 de março provocou cerca de mil mortes no centro do país e no Zimbábue, além de desabrigar centenas de milhares de pessoas.
Neste sábado, já rebaixado a uma depressão tropical, foi "bloqueado" na província moçambicana de Cabo Delgado, onde deve permanecer por "pelo menos dois dias", de acordo com o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
"Esperamos fortes chuvas nos próximos dias", alertou o OCHA, que "pode causar grandes inundações em Cabo Delgado".
Esta manhã, os serviços de resgate, principalmente militares brasileiros, do OCHA e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) chegaram a Pemba, capital de Cabo Delgado, para "avaliar a situação", explicou Kleber Castro, dos serviços de resgate brasileiros.
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