Os venezuelanos devem tomar as ruas em diversas cidades do país nesta quarta-feira, dia 1º, dando sequência às manifestações iniciadas na véspera, quando o líder da oposição Juan Guaidó mobilizou parte dos militares e populares em sua "Operação Liberdade", numa nova tentativa de por fim ao governo de Nicolas Maduro.
"Iniciamos a fase final e estaremos de forma sustentada nas ruas até conseguir que cesse a usurpação. Vamos com tudo, com mais força e determinação", disse Guaidó, em sua conta no Twitter.
A oposição marcou diversos pontos de concentração para as manifestações em toda a Venezuela. Nesta terça-feira, 30, o dia de protestos foi marcado por violência, que deixou cerca de 100 feridos. O governo Maduro reprimiu manifestações em Caracas e nas principais cidades do país e as esperanças opositoras de dividir o governo não se materializaram. Maduro conseguiu manter a coesão das Forças Armadas, com comandantes do Exército proclamando publicamente sua lealdade ao líder socialista.
Em pronunciamento, Maduro disse que os distúrbios foram sufocados e que Caracas não sucumbirá à tentativa das forças opositoras de "submeter" a nação a um modelo de "dominação econômica neocolonial".
À noite, um dos principais opositores do governo, Leopoldo López, padrinho e mentor político de Guaidó e que desafiou sua prisão domiciliar para se unir ao movimento, se refugiou em embaixadas estrangeiras. Há dois anos, ele cumpria prisão domiciliar depois de passar outros três preso em um presídio militar, condenado por liderar protestos contra Maduro em 2014.
Nesta quarta-feira, o governo da Espanha confirmou que Lopez e sua família estavam na residência do embaixador espanhol em Caracas, depois de terem inicialmente buscado a representação chilena no país. (Com agências internacionais).
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