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Facebook elimina contas de extremistas por considerar que propagam o ódio


postado em 02/05/2019 19:30

O Facebook bloqueou nesta quinta-feira o controverso líder ativista negro Louis Farrakhan, o ícone da extrema-direita Alex Jones e outros usuários, numa ação contra a propagação do ódio na rede social.

"Sempre bloqueamos os indivíduos ou organizações que promovem ou empregam a violência e o ódio, independentemente de sua ideologia", informa um comunicado do Facebook.

Os censurados mais conhecidos foram Farrakhan, líder da Nação do Islã, acusado de comportamento antissemita e supremacismo negro, e Jones, o teórico da conspiração de extrema-direita conhecido por considerar que os ataques de 11 de setembro foram um trabalho interno e descrever o massacre na escola de Sandy Hook como uma decepção. A organização de Jones, Infowars, também foi eliminada do Facebook.

Outros excluídos do Facebook e do Instagram foram Paul Nehlen, um político que defende as opiniões da supremacia branca; Milo Yiannopoulos, conhecido por sua retórica neonazista; e os teóricos da conspiração Paul Joseph Watson e Laura Loomer.

A rede social cancelou essas contas por considerar que violaram as políticas contra pessoas e por serem organizações perigosas.

"Os indivíduos e as organizações que difundem o ódio, atacam ou pregam a exclusão de outras pessoas em função do que são, não têm lugar no Facebook", disse uma porta-voz da empresa.

"O anúncio de hoje do Facebook é um passo na direção correta", disse Cristina López, subdiretora de extremismo no grupo de vigilância sem fins lucrativo Media Matters for America.

"A maioria das figuras recém-proibidas (Yiannopoulos, Loomer, Watson, Jones e Nehlen) devem sua influência ao alcance em massa que lhes permitiram cultivar através do Facebook e Instagram", destacou.

No mês passado, o Facebook havia bloqueado grupos de extrema-direita como a "Liga de defesa inglesa", "Knights Templar International", e o "Partido Nacional Britânico".

Diversas redes sociais, entre elas o Facebook, têm sido criticadas nos últimos tempos por não fazerem o que é necessário para suprimir mensagens de incitação ao ódio e por não dar a mesma importância a todos os pontos de vista sobre certas questões.

O presidente americano, Donald Trump, acusou as redes sociais de discriminarem o usuário de ideais de direita.

"As redes sociais estão discriminando as vozes republicanas e conservadoras, tuitou Trump depois que o Facebook suspendeu temporariamente a conta de Jones no ano passado.


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