O governador da Flórida autorizou o porte de armas para professores defenderem os alunos de potenciais tiroteios, ao assinar uma lei que expande o alcance de uma série de medidas tomadas no ano passado após o ataque a uma escola na cidade de Parkland que deixou 17 alunos mortos.
A medida, criticada pelo distrito escolar ao qual pertence Parkland e que gera opiniões divididas entre os pais das vítimas, entrará em vigor a partir de outubro.
Sem chamar muita atenção, o governador republicano Ron DeSantis assinou na noite de quarta-feira a lei "de segurança escolar" aprovada na semana passada pelos legisladores.
A lei permite o porte de armas para professores e outros funcionários dentro das escolas, uma permissão que será concedida após uma análise de antecedentes, exame psicológico e treinamento.
Andrew Pollack, pai de Meadow, uma jovem que faleceu aos 18 anos no tiroteio de 14 de fevereiro de 2018, defendeu nesta quinta-feira a decisão.
"Seus tuítes não deixam os nossos estudantes mais seguros", escreveu no Twitter, respondendo a um comentário contra o porte de armas feito pela apresentadora de TV Chelsea Handler.
"Suas queixas não vão trazer mais segurança para nossos estudantes. O partido republicano da Flórida é quem lhes dá segurança", acrescentou.
Mas nem todos os pais das vítimas de Parkland, ao norte de Miami, celebram a polêmica medida.
Fred Guttenberg, pai de Jaime, que morreu aos 14 anos no tiroteio, declarou que a lei é uma "ideia terrível".
"O próximo agressor pode bem ser um professor", escreveu numa rede social.
Para implementar a medida, os distritos escolares devem aprová-la em suas jurisdições. Segundo o jornal Tampa Bay Times, muitos distritos do sul da Flórida já manifestaram que não vão adotar a lei.
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