A polícia cubana interrompeu no sábado a marcha pelos direitos LGBT, uma alternativa à manifestação oficial que não foi realizada este ano, e que conseguiu avançar cerca de 400 metros ao longo do tradicional Paseo del Prado, em Havana.
Gritando "Sim, é possível", "Cuba diversa", "A maior de Cuba", os ativistas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) mostraram sua discordância pela suspensão oficial da "conga" (parada) na anual Conferência Contra a Homofobia e a Transfobia, organizada pelo Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex), que funciona sob a supervisão do Ministério da Saúde.
No cruzamento das ruas Prado e Malecón - a avenida que se estende ao longo da costa -, policiais pediram aos manifestantes que parassem a caminhada, que não foi autorizada pelas autoridades.
Pelo menos três manifestantes, que repreenderam a polícia, foram presos e levados em carros da polícia, segundo uma equipe da AFP.
Após a interrupção, vários participantes sentaram-se no chão do Paseo em uma atitude de protesto passivo.
A marcha alternativa foi convocada pelas redes sociais com o lema "marchamos pelos nossos sonhos, pela diversidade, por uma Cuba diversa".