A justiça brasileira negou um habeas corpus apresentado por Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, o empresário Roberto de Assis Moreira, que vão continuar sem seus passaportes, retidos desde novembro, como penalização devido ao não pagamento de uma multa ambiental milionária, informou o tribunal nesta terça-feira.
A justiça multou em 2015 o ex-astro do Barcelona e da seleção brasileira, assim como seu irmão e a empresa Reno Construções em 8,5 milhões de reais (2,1 milhões de dólares) pela construção ilegal de uma propriedade, com plataforma de pesca e atracadouro, às margens do Guaíba, no sul de Porto Alegre, em uma área de preservação permanente.
A procuradoria solicitou em 2018 a retenção dos passaportes diante da impossibilidade de localizar o ex-jogador e o empresário em uma residência fixa no Brasil. A justiça acatou o pedido e ordenou a retirada dos documentos em novembro, quando os irmãos estavam fora do país.
"Não é difícil perceber que os pacientes adotaram ao longo do processo, iniciado há mais de oito anos, conduta evasiva e não cooperativa", diz a decisão do juiz Francisco Falcão, que negou o habeas corpus apresentado pelo advogado dos irmãos, Sérgio Queiroz.
Aposentado oficialmente do futebol desde janeiro de 2018, Ronaldinho se dedica quase exclusivamente a partidas de exibição e até a retirada de seu passaporte realizava turnês promocionais por todo o mundo, acompanhado na maioria das vezes por seu irmão Roberto Assis.