O estado de emergência que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decretou para obter verbas para seu polêmico muro na fronteira com o México começou a ser analisado nesta sexta-feira por um tribunal federal da Califórnia.
O juiz encarregado do caso adiou a audiência, essencialmente dedicada a assuntos de procedimento, sem antecipar um prazo para sua decisão.
A ação, apresentada em um tribunal de Oakland por cerca de 20 estados, é promovida por bastiões democratas como Califórnia e Nova York, assim como por organizações de defesa de direitos civis, a exemplo da poderosa ACLU.
Os demandantes argumentam que o estado de emergência, decretado em 15 de fevereiro, é inconstitucional.
A luta por verbas para a construção do muro já causou a paralisação parcial (shotdown) do governo federal durante 35 dias.
Drod Ladin, advogado da ACLU em temas de segurança nacional, disse esperar uma "decisão mista neste caso", já que envolve várias fontes de financiamento.
"É totalmente possível que o tribunal bloqueie o uso de algumas verbas, mas não de outras".
O muro foi uma das principais promessas de Trump durante sua campanha eleitoral, na qual apresentou um duro discurso contra a imigração ilegal.
O governo declarou emergência para obter uma verba de 3,6 bilhões de dólares originalmente destinada a construção de instalações militares, e outros 2,5 bi para o combate ao narcotráfico.
O Congresso havia concedido 1,4 bilhão de dólares para financiar parte de uma barreira no Texas.
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