Richard Strauss, que faleceu em 2005, cometeu os abusos entre 1978 e 1998, e os funcionários da universidade souberam das denúncias a partir de 1979, de acordo com uma investigação independente realizada durante 12 meses.
A investigação examinou as denúncias de conduta indevida reportadas entre 1979 e 1997 por ex-alunos, sendo que 150 deles apresentaram seus próprios testemunhos de abuso, que atribuíram a Strauss.
Ao todo, forma consultados mais 440 ex-alunos e funcionários da instituição com informação potencial relacionada às denúncias.
Entre as vítimas havia atletas e outros estudantes que consultaram Strauss no centro de saúde da universidade e num consultório médico particular fora do campus.
Strauss abriu o próprio consultório em 1996, após ser suspenso da função de médico da entidade, mas continuava sendo membro da universidade.
Os abusos, que incluíam exames genitais "excessivos" e carícias, "aumentaram com o tempo", a medida que os estudantes eram submetidos a novas séries de exames, aponta o relatório.
O reitor da universidade, Michael Drake, disse que iniciou a investigação independente sobre as acusações no ano passado.
"As descobertas são impactantes e dolorosos de compreender", disse Drake.
"Em nome da Universidade, oferecemos nosso profundo arrependimento e nossas mais sinceras desculpas a cada pessoa que sofreu o abuso de Strauss. O fracasso fundamental da nossa instituição no momento de prevenir este abuso é inaceitável, assim como os esforços inadequados para investigar a fundo as queixas apresentadas pelos estudantes e funcionários".
Apesar de ter deixado a Universidade em 1994, ele se aposentou como professor emérito em 1998, um cargo honorário que a universidade está revogando.