O diretor executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou os resultados de uma gigantesca operação de limpeza de bilhões de contas falsas e rejeitou os pedidos para desmembrar sua rede social.
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Zuckerberg nega que desmantelar Facebook solucione problemas da rede socialFacebook tenta ganhar dinheiro com WhatsAppFacebook restringe uso das transmissões de vídeo ao vivoEstes números são impressionantes, considerando que a plataforma tem 2,4 bilhões de usuários chamados "ativos".
As contas "não-autênticas" podem, por exemplo, abrigar campanhas de desinformação para fins de manipulação política, uma das questões que afetam essa rede social há mais de dois anos.
Remover os "conteúdos nocivos", "impedir interferências nas eleições, garantir as ferramentas adequadas para a confidencialidade", entre outros assuntos, são "para mim as questões mais importantes atualmente e não acho que (...) desmembrar a empresa vai resolvê-las", disse o criador do Facebook em uma teleconferência na quinta-feira dedicada a este assunto.
"Nós existimos em um ambiente muito competitivo e muito dinâmico, onde há constantemente (novos) serviços", disse Zuckerberg, que novamente rejeitou qualquer acusação de monopólio.
Vários candidatos democratas à eleição presidencial dos Estados Unidos de 2020, como Elizabeth Warren e Bernie Sanders, pediram recentemente o desmembramento do Facebook e de outros gigantes tecnológicos, que eles consideram poderosos demais ou monopolistas.
Em resposta a isso, Mark Zuckerberg insistiu na importância do orçamento dedicado ao controle de conteúdo no Facebook.
"Podemos fazer coisas que as outras (empresas) não podem fazer", acrescentou, deixando entender que o desmembramento do Facebook impediria, precisamente, combater esses problemas.
Em meados de maio, sua número 2 Sheryl Sandberg havia citado outro risco: enfraquecer o Facebook poderia beneficiar grupos chineses.
Zuckerberg também reiterou sua defesa de uma regulamentação da internet.
"Eu não acho que as empresas tenham que tomar todas as decisões sobre o que pode ser visto ou não na internet".
Sua companhia tenta neutralizar o forte aumento de tentativas de criar contas automáticas para fins mal-intencionados, embora calcule que aproximadamente 5% de suas contas ativas ainda sejam "falsas", ou seja, não representam uma pessoa ou organização real.
A ONG Avaaz, que realiza ações de 'ciberativismo' apontou, por exemplo, mais de 500 páginas e grupos no Facebook seguidos por mais de 32 milhões de usuários suspeitos de espalhar informações falsas e conteúdo de incitamento ao ódio.
Em seu relatório publicado na quinta-feira, a rede social americana também detalhou os conteúdos que violam suas regras de uso. Para nudez, violência, sexo, exploração sexual de crianças ou propaganda terrorista, o Facebook afirma detectar mais de 95% dos conteúdos, antes de serem denunciados por um usuário.
Esta proporção cai, no entanto, para 65% para as mensagens de incitamento ao ódio (racismo, antissemitismo, etc.) e até 14% para o assédio, mais difícil de detectar.
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