A polícia espanhola anunciou, nesta quarta-feira (29), que investiga o suicídio de uma mulher de 32 anos, após a difusão de um vídeo de caráter sexual que teria sido visto por centenas de colegas de trabalho na fábrica de caminhões Iveco.
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Egito investigará caso do vídeo de casal fazendo sexo em pirâmideLeicester dispensa 3 jogadores por vídeo de sexo com injúrias racistasMinistro renuncia na Malásia após aparecer em vídeo de sexoSegundo diferentes veículos da imprensa espanhola, um vídeo privado gravado há cinco anos, no qual essa mulher aparecia, foi divulgado em um aplicativo de troca de mensagens e visto por grande parte dos 2.500 empregados da fábrica Iveco de San Fernando de Henares, onde trabalhava.
A polícia "comprovará por meios tecnológicos e verá se há responsabilidade das pessoas que difundiram o vídeo", acrescentou seu porta-voz.
"Havia olhares, gente que ia vê-la no local de trabalho para saber quem era ela. Sofreu muita pressão", declarou à rede de televisão La Sexta Iván Cancho, colega e membro do sindicato CGT, durante um ato da unidade na terça-feira.
Segundo a imprensa, ela era casada e mãe de dois filhos.
Até esta quarta, a AFP não havia conseguido contato com a empresa Iveco, em Madri.
Em um comunicado, a empresa mostrou "dor e consternação por um episódio tão atroz" e denunciou "o uso irresponsável das redes sociais".
O caso "tem responsabilidades compartilhadas e terão de ser apuradas", escreveu o comitê.
O sindicato Comisiones Obreras, ao qual a jovem estava afiliada, considera que os fatos constituem assédio sexual e informou que denunciará "a inação da empresa" aos serviços de inspeção trabalhista.
"Desde 23 de maio sabia que a mulher estava sendo assediada por um colega e não fez nada para evitar isso", criticou o sindicato, em um comunicado.
O Código Penal espanhol prevê uma pena de três meses a um ano de prisão para a difusão de gravações audiovisuais de uma pessoa sem autorização da mesma, "quando a divulgação comprometer gravemente a intimidade desta pessoa".
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