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Estado de Minas

Mulher se suicida na Espanha após vazamento de vídeo sexual

Imagens gravadas há cinco anos foram divulgadas em aplicativo de troca de mensagens e vistas por grande parte dos 2.500 empregados da fábrica onde a mulher trabalhava


postado em 29/05/2019 11:45 / atualizado em 29/05/2019 12:24

Caso ocorreu na histórica Alcalá de Henares, que fica na província de Madri(foto: Pixabay)
Caso ocorreu na histórica Alcalá de Henares, que fica na província de Madri (foto: Pixabay)

A polícia espanhola anunciou, nesta quarta-feira (29), que investiga o suicídio de uma mulher de 32 anos, após a difusão de um vídeo de caráter sexual que teria sido visto por centenas de colegas de trabalho na fábrica de caminhões Iveco.


"Uma mulher se suicidou no sábado, 25, em sua casa. Está sendo investigado pela Polícia Nacional de Alcalá de Henares (perto de Madri), se houve crime contra a intimidade e a honra", disse um porta-voz da polícia à AFP.


Segundo diferentes veículos da imprensa espanhola, um vídeo privado gravado há cinco anos, no qual essa mulher aparecia, foi divulgado em um aplicativo de troca de mensagens e visto por grande parte dos 2.500 empregados da fábrica Iveco de San Fernando de Henares, onde trabalhava.


A polícia "comprovará por meios tecnológicos e verá se há responsabilidade das pessoas que difundiram o vídeo", acrescentou seu porta-voz.


"Havia olhares, gente que ia vê-la no local de trabalho para saber quem era ela. Sofreu muita pressão", declarou à rede de televisão La Sexta Iván Cancho, colega e membro do sindicato CGT, durante um ato da unidade na terça-feira.


Segundo a imprensa, ela era casada e mãe de dois filhos.


Até esta quarta, a AFP não havia conseguido contato com a empresa Iveco, em Madri.


Em um comunicado, a empresa mostrou "dor e consternação por um episódio tão atroz" e denunciou "o uso irresponsável das redes sociais".


O caso "tem responsabilidades compartilhadas e terão de ser apuradas", escreveu o comitê.


O sindicato Comisiones Obreras, ao qual a jovem estava afiliada, considera que os fatos constituem assédio sexual e informou que denunciará "a inação da empresa" aos serviços de inspeção trabalhista.


"Desde 23 de maio sabia que a mulher estava sendo assediada por um colega e não fez nada para evitar isso", criticou o sindicato, em um comunicado.


O Código Penal espanhol prevê uma pena de três meses a um ano de prisão para a difusão de gravações audiovisuais de uma pessoa sem autorização da mesma, "quando a divulgação comprometer gravemente a intimidade desta pessoa".


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