A Casa Branca solicitou que um navio batizado com o nome do falecido senador John McCain, rival de Donald Trump, permanecesse "fora da vista" do presidente durante sua recente visita ao Japão, informa o Wall Street Journal.
"O 'USS John McCain' precisa ficar fora da vista", afirmou o e-mail de um comandante militar americano, ao qual o jornal teve acesso, antes da viagem presidencial.
Em reparos na base americana de Yokosuka, onde Trump pronunciou um discurso na terça-feira a bordo de outra embarcação, o navio em questão estava em uma posição difícil de deslocar.
O nome foi então escondido por uma lona e os marinheiros liberados por um dia, informa o Wall Street Journal.
A lona foi retirada por uma razão desconhecida e uma embarcação foi deslocada para bloquear a visão do navio.
"Todos os navios conservaram sua posição habitual durante a visita do presidente", afirmou à AFP um porta-voz da 7ª Frota, antes de indicar que as fotografias que mostram a lona foram feitas antes da chegada de Donald Trump.
"Não fui informado de nada que tenha a ver com o navio da Marinha 'USS John S McCain' durante minha recente visita ao Japão", reagiu o presidente no Twitter na quarta-feira à noite.
Donald Trump e John McCain nunca esconderam o desprezo mútuo. O milionário, isento do serviço militar, ironizou em 2015 o status de herói da guerra do Vietnã do falecido senador, que foi prisioneiro e torturado durante cinco anos.
Figura respeitada da política americana, McCain retirou seu apoio à candidatura de Trump na eleição presidencial de 2016.
McCain faleceu, vítima de câncer cerebral, em 25 de agosto de 2018 aos 81 anos. Ele fez questão de anunciar que não desejava a presença de Trump em seu funeral.