O presidente americano, Donald Trump, iniciou nesta quinta-feira (30) o processo de ratificação do novo acordo comercial norte-americano, desafiando líderes democratas que afirmaram que o movimento é prematuro.
A iniciativa significa que Trump pode apresentar o texto do acordo aos congressistas americanos em 30 dias.
Os mandatários do México e do Canadá, Andrés Manuel López Obrador e Justin Trudeau, respectivamente, também submeteram o pacto aos seus Legislativos nesta quinta.
Após encontrar Trudeau brevemente em Ottawa, o vice-presidente americano afirmou que a Casa Branca tinha submetido a "declaração de ação administrativa" para levar o Tratado México-Estados Unidos-Canadá (T-MEC, na sigla em espanhol) ao Congresso.
Pence destacou os benefícios para trabalhadores, fazendeiros e industriais americanos, e disse que o governo Trump está comprometido a ratificá-lo durante o verão (boreal).
A presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, criticou a decisão, dizendo que "não foi um passo positivo", e demonstra "a falta de conhecimento por parte do Governo da política e processo para aprovar um acordo comercial".
Os três países assinaram o T-MEC em novembro, para atualizar o Nafta, de 25 anos.
Democratas afirmaram nas últimas semanas que estavam trabalhando para endereçar suas preocupações acerca de direitos trabalhistas no México e de outras questões, mas ainda não alcançaram um consenso.
"Estamos, sim, em um caminho, mas tem que ser um caminho que leve a um acordo que entregue resultados positivos para trabalhadores e fazendeiros americanos", afirmou Pelosi em nota.
A tentativa de Trump de impulsionar a ratificação foi feita "antes de terminarmos de trabalhar com o representante comercial (americano, o USTR, Robert) Lighthizer para garantir que o T-MEC beneficie trabalhadores e agricultores americanos", disse ela.