A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas entregará um Oscar honorário em outubro aos diretores David Lynch e Lina Wertmüller, e aos atores Geena Davis e Wes Studi, anunciou a entidade em um comunicado publicado nesta segunda-feira.
David Lynch, diretor de filmes como "O Homem Elefante", "Veludo Azul" e "Cidade dos Sonhos", receberá um Oscar honorário na cerimônia do Governors Awards, após ter sido indicado várias vezes ao Oscar sem ter ganhado nenhuma estatueta.
Geena Davis, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por "Turista por Acidente" em 1988, "é uma ativista apaixonada em favor da igualdade de sexos". Fundou um instituto destinado a combater a desigualdade e os estereótipos que as mulheres sofrem no cinema e na televisão, lembrou a Academia em seu comunicado.
David também criou o festival de cinema de Bentonville para promover uma maior diversidade na indústria do entretenimento.
A estrela de "Thelma & Louise" receberá em 27 de outubro o Prêmio Humanitário Jean Hersholt, um Oscar atribuído pela Academia em reconhecimento a um indivíduo "cuja ação humanitária honrou a indústria do cinema".
Wes Studi, um americano de origem cherokee, também receberá um Oscar honorário em outubro, algo inédito para um ator ameríndio. "Sinto-me muito lisonjeado", tuitou o intérprete de "Dança com Lobos", "O Último dos Moicanos", "Fogo contra Fogo" e "Avatar".
Studi, de 71 anos, "dedicou muito tempo à política e à militância a favor dos ameríndios" após ter se alistado no exército para lutar durante a guerra do Vietnã, indicou a Academia.
Lina Wertmüller, de 92 anos, foi a primeira mulher indicada a um Oscar de "melhor diretor" pelo filme "Pasqualino Sete Belezas", em 1976.
Famosa por suas sátiras da sociedade e dos costumes italianos, a cineasta, que foi assistente de Federico Fellini em "Oito e meio", dirigiu também filmes como "Amor e Anarquia".