As autoridades americanas informaram nesta sexta-feira que puseram 5.200 imigrantes detidos em quarentena, principalmente por exposição à caxumba, diante de um aumento repentino de casos por um surto da doença na América Central.
Um funcionário da agência de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE, sigla em inglês) disse à AFP que desde 13 de junho quase 4.300 detidos estão confinados em 39 instalações por exposição à caxumba, mais de 800 por exposição à catapora e cerca de 100 por ambas.
O primeiro caso confirmado de caxumba entre os detidos do ICE foi reportado em 7 de setembro de 2018 e desde então a cifra aumentou para 334, acrescentou o funcionário.
Nathalie Asher, diretora executiva adjunta de operações de deportação do ICE, disse que 75% dos detidos atuais provêm diretamente da fronteira, enquanto o resto foi detido dentro dos Estados Unidos.
Tendo em conta isto e os recentes surtos de caxumba na América Central, "a evidência aponta que a maior afluência em nossa fronteira sudoeste é, no mínimo, um fator de contribuição significativo destes casos", afirmou.
O número em quarentena representa um décimo dos cerca de 52.000 detidos do ICE.
A agência informou que está administrando vacinas MMR (tríplice viral) - contra sarampo, caxumba e rubéola - a detidos assintomáticos expostos, que estão em quarentena por 25 dias desde o último período de incubação.
Os Estados Unidos experimentaram seus próprios surtos esporádicos de caxumba nos últimos anos.