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Veículo em Marte detecta nuvem de gás que sugere possibilidade de vida

A descoberta, feita durante uma medição no planeta vermelho, foi divulgada pelo jornal norte-americano The New York Times


postado em 22/06/2019 20:59

Ao chegar em Marte, em 2012, o Curiosity procurou por metano e não encontrou nada(foto: EFE/NASA )
Ao chegar em Marte, em 2012, o Curiosity procurou por metano e não encontrou nada (foto: EFE/NASA )
O veículo Curiosity, da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa), descobriu uma grande quantidade de metano dispersa na atmosfera de Marte. Produzido normalmente por seres vivos, o gás pode ser uma evidência de que micróbios vivem no planeta. A descoberta, feita durante uma medição no planeta vermelho realizada na quarta-feira, 19, foi divulgada pelo jornal norte-americano The New York Times neste sábado, 22.
 
Na Terra, organismos conhecidos como metanogênicos prosperam em lugares sem oxigênio, como rochas subterrâneas profundas e tratos digestivos de animais, e liberam metano como resíduo. No entanto, reações geotérmicas, não biológicas, também podem gerar o gás, e também é possível que ele tenha ficado retido dentro de Marte por milhões de anos, tendo escapado apenas agora, por meio de rachaduras.
 
Ao chegar em Marte, em 2012, o Curiosity procurou por metano e não encontrou nada. Depois, no ano seguinte, foi detectado um pico repentino, de até 7 partes por bilhão, que durou pelo menos dois meses. A medição desta semana encontrou 21 partes por bilhão de metano, ou seja, três vezes o pico registrado de 2013.
 
"Diante desse resultado tão surpreendente, estamos realizando um experimento de acompanhamento neste final de semana", afirmou Ashwin R. Vasavada, cientista à frente do projeto, em e-mail obtido pelo NYT. Da Terra, os controladores enviaram novas instruções ao veículo na sexta-feira, 21. Os resultados devem retornar na segunda-feira, dia 24.
 
Há muito se discute a possibilidade da existência de seres alienígenas em Marte. Mas até agora, missões anteriores detectaram apenas uma paisagem desolada. Atualmente, os cientistas tendem a acreditar que se, em algum momento, a vida tenha surgido por lá, descendentes microbianos poderiam ter migrado e ainda persistirem no subsolo do planeta.


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