O retorno da delegação russa à Assembleia parlamentar do Conselho da Europa (APCE) foi ratificada nesta quarta-feira (26), apesar dos protestos da Ucrânia.
No plenário do Conselho da Europa, em Estrasburgo, 116 deputados dos distintos Estados-membros da organização pan-europeia da defesa dos Direitos Humanos votaram a favor de uma ratificação dos poderes da delegação de parlamentares russos, que se reincorporou à APCE após cinco anos de ausência.
Sessenta e dois parlamentares - incluindo numerosos ucranianos, britânicos e poloneses - votaram contra. Quinze se abstiveram.
Na terça-feira, a APCE votou novas normas de funcionamento que permitiam o retorno da Rússia à assembleia, que emite recomendações escolhe os juízes do Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH).
Como sanção pela anexação da Crimeia, a delegação russa diante da APCE foi privada em 2014 de seu direito a voto no interior do organismo.
Desde terça-feira, a Ucrânia protestou e rechaçou os poderes outorgados à Rússia, ao ver na decisão da APCE uma primeira suspensão das sanções impostas a Moscou.
Após a votação de ratificação dos poderes da delegação russa, várias parlamentares, sobretudo das delegações ucraniana e georgiana, abandonaram o hemiciclo e anunciaram que deixavam de participar nessa sessão das APCE.
Konstantin Kosachev, presidente da comissão de Relações Exteriores do Senado russo, deu conta de sua satisfação no Facebook e enviou suas "saudações aos russófobos europeus".
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