A estrela do pop Lady Gaga apareceu de surpresa nesta sexta-feira diante da multidão que festejava, em Nova York, o 50° aniversário dos protestos de Stonewall, que em 1969 impulsionaram o movimento pelos direitos LGBT.
"Realmente espero que celebrem cada polegada de quem são hoje", disse a cantora no Greenwich Village de Manhattan.
Amada pela comunidade LGBTQ, que desde o começo de sua carreira elevou-a ao status de "ícone gay", Gaga foi aplaudida por suas palavras durante o inesperado discurso.
Em junho de 1969, o Stonewall Inn, bar no sul de Manhattan frequentado por gays, lésbicas e transexuais, foi palco de confrontos entre seu público e a polícia. Os distúrbios começaram na madrugada de 28 de junho e duraram seis dias, iniciando um movimento organizado de luta pelos direitos dos homossexuais.
As gerações anteriores "lutaram para criar um espaço seguro, mais tolerante, para nossa juventude", disse Gaga, que tem 33 anos e já se identificou como como bissexual.
"Só sair do armário era algo desconsiderado", acrescentou, lembrando que hoje até crianças podem "descobrir e nomear sua identidade sexual, sua identidade de gênero (...) e não tenham medo".
Gaga citou, contudo, os desafios que a comunidade LGBTQ ainda enfrenta. "Os ataques contra a comunidade trans estão crescendo todo dia", disse. "Eu não vou tolerar, e sei que vocês também não".
Após classificar o governo de Donald Trump como "extremamente opressor", a artista alentou os presentes: "amem-se uns aos outros, elevem sua voz e, por Deus, vote,!". "Não se esqueçam de votar!", exclamou.
"Se seguimos injetando no mundo esta mensagem de unidade e paixão, imaginem onde estaremos dentro de 50 anos", disse Gaga.