Cuba regulou o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) "como instrumento de defesa da Revolução", em um contexto de expansão desses serviços e de maior confronto com os Estados Unidos.
Um pacote de decretos e medidas publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial regulamenta o uso do "conjunto de recursos, ferramentas, equipamentos, softwares e aplicativos, redes e mídias, que permitem a compilação, processamento, armazenamento, transmissão e recepção de informações em qualquer formato: voz, dados, texto, vídeo e imagens", diz o texto principal.
Ele destaca o uso e desenvolvimento das TIC "como instrumento de defesa da Revolução".
Para isso, garantirá um "uso responsável dos cidadãos" e "a defesa política e a cibersegurança diante de ameaças, ataques e riscos de todos os tipos".
Os cubanos reclamam dos altos preços da Internet - que o monopólio estatal Etecsa prometeu reduzir à medida que se desenvolve -, mas também do bloqueio a muitos sites políticos, aos quais eles não têm acesso.
As autoridades reconheceram a rede como um novo campo de batalha política e ideológica, e o próprio presidente Miguel Díaz-Canel pede a seus funcionários e apoiadores que tenham uma presença maior nas redes sociais para difundir seus pontos de vista.
Para não deixar dúvidas, o documento alerta que "o Ministério das Comunicações, em coordenação com as Forças Armadas Revolucionárias e o Interior, é responsável por orientar as tarefas e ações que garantam a informatização da sociedade".