A comissão especial da Câmara aprovou, nesta quinta-feira, por 36 votos contra 13, o texto-base da reforma de Previdência, apresentado pelo governo de Jair Bolsonaro, muito esperado pelo mercado financeiro.
Agora, o texto deve ser submetido à votação no plenário da Câmara dos Deputados e, mais tarde, ao Senado. Em ambos, terá que ser votado duas vezes e obter maioria qualificada de três quintos, por se tratar de uma reforma de caráter constitucional.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estima que o projeto já conta com os 308 votos necessários (de um total de 513) para ser aprovado, e o governo amplia a pressão para isso acontecer antes do recesso parlamentar de duas semanas, que começa em 18 de julho.
O projeto inicial, elaborado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, previa uma economia de R$ 1,2 trilhão em uma década. As alterações negociadas durante os debates reduziram o valor para cerca de R$ 1 trilhão - um valor considerado aceitável pelos investidores.
A perspectiva de aprovação na comissão especial da Câmara estimulou a Bovespa, que superou pela primeira vez os 103.000 pontos, fechando com alta de 1,56%, a 103.636.
O dólar operou abaixo dos R$ 3,80 pela primeira vez desde março, a R$ 3,793, contra a R$ 3,827 na quarta-feira.
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