O popular aplicativo russo FaceApp, que permite aos usuários mudar sua aparência para mais jovem ou mais velho, é motivo de polêmica nos Estados Unidos, onde um senador pediu ao FBI que iniciasse uma investigação.
Chuck Schumer, chefe da minoria democrata no Senado, solicitou ao FBI e à FTC, a agência de defesa do consumidor, que "investiguem os riscos à segurança nacional e à privacidade" das pessoas, em relação ao FaceApp, aplicativo usado por milhões de americanos, mas que foi desenvolvido por uma empresa de São Petersburgo (noroeste da Rússia).
"A localização da FaceApp na Rússia levanta questões sobre se a empresa pode fornecer dados de cidadãos dos EUA a terceiros, incluindo potencialmente governos estrangeiros", afirma o senador por Nova York em sua carta ao FBI.
Recentemente, o Estado de Minas esclareceu em reportagem os riscos que usuários correm ao concordarem com os termos de privacidade do aplicativo. A matéria alerta que o texto que esclarece a regras sobre a política de privacidade do FaceApp teria, ao menos, 25 problemas, de acordo com especialistas. Destaque para uma falha, considerada uma das mais graves, presente no tópico de coleta de dados.
O aplicativo também caiu no gosto dos brasileiros. Famosos entraram na brincadeira e publicaram diversas imagens com seus rostos envelhecidos. Nem os políticos escaparam do efeito envelhecedor do app. O ministro Sergio Moro, o ex-presidente Lula, a atual procuradora-geral da República Raquel Dodge e o presidente Bolsonaro tiveram suas imagens incluídas no FaceApp e ganharam alguns anos de vida a mais.