O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disse que "o regime do (presidente venezuelano Nicolás) Maduro está acabado" e que será somente questão de tempo para que a Venezuela recupere a democracia, durante uma visita nesta sexta-feira (19) à Argentina, país que como Estados Unidos reconhece Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
"Maduro nunca voltará a governar esse país. Isso não vai acontecer. Pode mandar, pode ter o controle dos militares em algum nível, mas nunca voltará a governar esse povo", declarou enfático Pompeo.
"A OEA (Organização de Estados Americanos), o Grupo de Lima, nossos sócios europeus e os Estados Unidos, 54 países, deixamos claro que o regime de Maduro está acabado e é somente uma questão de tempo para que todos juntos ajudemos o retorno da democracia e a recuperar sua economia", disse.
O secretário de Estado destacou o apoio-chave de Cuba para a permanência de Maduro no poder.
"Penso que os cubanos vão ter que tomar uma decisão difícil. Eles apoiam o regime no poder há demasiado tempo e precisam partir. Quando o fizerem, os venezuelanos se levantarão, sairão para votar e elegerão alguém", disse Pompeo.
"Acreditamos que todos os atores estrangeiros têm que se retirar, queremos que os venezuelanos controlem seu próprio destino", declarou em referência ao apoio de Rússia, China e Irã ao governo Maduro.
Pompeo participou em Buenos Aires na segunda conferência hemisférica contra o terrorismo. A capital argentina será sede na próxima terça-feira de uma reunião do Grupo de Lima.
Em suas declarações, Pompeo elogiou "o compromisso da Argentina com o processo democrático" da Venezuela e sua "grande generosidade" com os migrantes desse país. "O mundo os admira por essa generosidade, assim como eu", disse.
"Além da Venezuela, os Estados Unidos continuará trabalhando com a Argentina para condenar o regime (do presidente Daniel) Ortega por sua campanha de violência e repressão, e continuará a longa luta para impulsionar a democracia em Cuba", acrescentou.
Os Estados Unidos são o principal apoio do líder opositor Juan Guaidó, enquanto que Maduro tem o apoio de Rússia, China e Cuba.
Delegações de Maduro e de Guaidó avançam, com a mediação da Noruega, em um diálogo em Barbados.
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