Os bombeiros anunciaram nesta terça-feira (23) que conseguiram controlar o incêndio que destruiu milhares de hectares de floresta em quatro dias no centro de Portugal, a mesma área em que outro incêndio deixou mais de 100 mortos há dois anos.
"O incêndio está demarcado. Entrou na fase de resolução", disse o porta-voz da Defesa Civil, comandante Luis Belo Costa, durante uma coletiva de imprensa.
"É possível que recomece em algum lugar, é normal", avisou.
O vento não será "tão violento quanto no dia anterior", quando o incêndio foi reavivado no final da tarde, completou.
Belo Costa disse que mais de 1.100 bombeiros permanecerão mobilizados na área para finalizar a operação.
O incêndio começou no sábado à tarde na região de Castelo Branco, 200 quilômetros ao norte de Lisboa, e arrasou cerca de 7.000 hectares, de acordo com o sistema europeu de informação sobre incêndios florestais.
Moradores consultados pela AFP reclamaram que foram abandonados em face do incêndio, cuja origem pode ser criminosa.
"Não temos meios infinitos", afirmou Belo Costa, observando que outros incêndios menos importantes foram declarados simultaneamente em outras regiões.
"Nós fazemos o melhor que podemos", disse ele.
Este episódio trouxe à memória dos portugueses os terríveis incêndios de junho e outubro de 2017 no centro do país, que causaram a morte de 114 pessoas.
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