O general da Força Aérea dos Estados Unidos John Hyten, indicado para vice-comandante do Estado-Maior das Forças Armadas, se defendeu nesta terça-feira contra a acusação de abuso sexual feita por outra militar, durante uma audiência de confirmação no Congresso.
Hyten se apresentou ao Comitê das Forças Armadas do Senado como parte do processo de confirmação ao cargo de vice-chefe do Estado-Maior Conjunto.
A denunciante e ex-colega de Hyten, coronel do Exército Kathryn Spletstoser, afirma que o militar a agrediu em um quarto de hotel da Califórnia durante uma conferência em dezembro de 2017.
Spletstoser revelou ao jornal The New York Times na semana passada que Hyten, 60 anos, na ocasião encarregado das armas nucleares como chefe do Comando Estratégico dos EUA, a beijou à força e se esfregou nela até ejacular sobre suas calças.
Hyten, casado há 30 anos, negou categoricamente as acusações durante a audiência no Senado.
"Quero declarar, nos termos mais enérgicos possíveis, que estas acusações são falsas. Nunca ocorreu nada".
A denuncia foi investigada durante um longo tempo e nada foi constatado, disse a ex-secretária da Força Aérea Heather Wilson, encarregada do caso até abandonar seu cargo, em maio passado.
"O general Hyten foi acusado falsamente e este assunto deve ser ignorado no caso de sua nomeação", declarou Wilson, recordando que o militar é uma das pessoas mais vigiadas do país devido ao seu papel como chefe do arsenal nuclear dos EUA.
A senadora republicana Martha McSally, do Arizona, uma ex-piloto de combate que em março revelou ter sido estuprada por um oficial superior, também falou em defesa de Hyten.
"A verdade é que o general Hyten é inocente neste caso. Agressões sexuais acontecem no Exército, mas simplesmente não é o caso".