Responsável por levar aos palcos da Broadway sucessos como "O Fantasma da Ópera", o produtor e diretor americano Harold "Hal" Prince morreu aos 91 anos, nesta quarta-feira (31), em Reikiavik, capital da Islândia, após uma "breve doença", informou um porta-voz do artista.
Durante sua longa carreira, Hal Prince recebeu 21 Tony, o principal prêmio do teatro nos Estados Unidos.
Nascido em 1928 em Nova York, de família judia de origem alemã, foi um dos poucos diretores da Broadway que atravessou muitas épocas diferentes e sobreviveu à modernização do mundo dos musicais.
Prince, que dizia ter sido contagiado pelo teatro após ver Orson Welles em "César" aos oito anos, começou sua carreira durante a era de ouro dos musicas, pelas mãos de outro nome importante dos palcos americanos, George Abbott.
Contratado aos 20 anos como assistente de Abbott, que se tornaria seu mentor, Prince se aproximou do palco até finalmente se envolver com a produção, apesar de ser um trabalho que não gostava.
Em 1955, com apenas 27 anos, ganhou o Tony de melhor produtor, seu primeiro prêmio, por "The Pajama Game".
Em seguida, veio uma impressionante série de sucessos, com "West Side Story" (1957) entre os principais, até se dedicar à direção, sua verdadeira paixão.
"Queria escrever", explicou numa entrevista ao site Broadway.com. "Mas não fui bom o suficiente, então o próximo passo era a direção".
Estreou dirigindo na Broadway com "She Loves Me" em 1963, antes de abordar, em 1966, que se tornaria um dos musicais mais famosos do teatro, "Cabaret".
Seu estilo era austero, com decorações minimalistas.
Prince passou pelos anos 1970 com o mesmo sucesso das duas décadas anteriores, particularmente graças a "Sweeney Todd" (1979), e depois soube se adaptar às profundas transformações na Broadway nos anos seguintes.
Assim dirigiu "O Fantasma da Ópera", escrita pelo britânico Andrew Lloyd Webber, que detém o recorde de permanência na Broadway: 31 anos e com mais de 13 mil representações.
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