A taiwanesa Foxconn, que fabrica produtos para Apple e Amazon, entre outros, admitiu nesta sexta-feira (9) que fez estudantes bolsistas trabalharem horas extras e durante a noite em suas fábricas na China.
O comunicado da Foxconn responde a uma investigação do jornal britânico The Guardian, que revelou que centenas de estudantes entre 16 e 18 foram obrigados a trabalhar horas extras para fabricar assistentes virtuais para a Amazon.
Segundo o jornal The Guardian, os adolescentes das escolas próximas à cidade de Hengyang, no sul da China, tiveram que trabalhar horas extra e durante a noite como "parte de uma tentativa polêmica e muitas vezes ilegal de alcançar as metas de produção".
Foxconn, a maior empresa terceirizada de produtos eletrônicos do mundo, disse um comunicado que havia reforçado a supervisão de seu programa de bolsas com as escolas "para nos assegurar que, sob quaisquer circunstância, os bolsistas terão permissão para trabalhar horas extras ou durante a noite".
A empresa dá trabalho a mais de um milhão de pessoas na China e é a companhia privada que mais pessoas emprega em país.
Há vários anos, a companhia tem sido criticada por casos de suicídio de seus funcionários, protestos dos trabalhadores e o uso de menores em algumas de suas fábricas.
Em 2012, Foxconn admitiu ter feito adolescentes de 14 anos trabalharem em suas fábricas na China.