O príncipe Andrew se declarou "consternado" com as acusações de abuso sexual no caso Jeffrey Epstein, após a divulgação de um vídeo que mostra o integrante da família real britânica em 2010 na residência do empresário, que foi encontrado morto na prisão em 10 de agosto em Nova York.
"Sua Alteza Real deplora a exploração de qualquer ser humano e dar a entender que ele poderia tolerar, participar ou apoiar tais práticas é abominável", afirma o Palácio de Buckingham em um comunicado divulgado pela agência Press Association.
O jornal Daily Mail publicou no domingo um vídeo que mostra o príncipe, filho da rainha Elizabeth II, cumprimentando uma mulher que deixava a mansão de Epstein em Nova York em 2010.
Epstein foi preso e indiciado no início de julho, acusado de ter organizado, durante muitos anos, uma rede de dezenas de jovens sob seu controle, incluindo algumas estudantes do ensino médio, com as quais mantinha relações sexuais em suas diversas propriedades, principalmente em Manhattan e na Flórida.
O bilionário foi encontrado morto em 10 de agosto em sua cela, enquanto aguardava julgamento pelas acusações de tráfico sexual de menores de idade e conspiração para cometer tráfico sexual de menores. O resultado da autopsia confirmou suicídio por enforcamento.
O empresário, cujo círculo de amizades contou em determinados períodos com o ex-presidente Bill Clinton, o presidente Donald Trump e o príncipe Andrew, solicitava com frequência "massagens" que, segundo as investigações, poderiam resultar em relações sexuais forçadas.
Virginia Giuffre, uma das supostas vítimas, declarou em 2016 que teve relações sexuais com o príncipe quando ela era menor de idade.
O Palácio de Buckingham negou qualquer comportamento inapropriado do príncipe.
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