Jair Bolsonaro lamentou nesta sexta-feira que o presidente francês, Emmanuel Macron, lhe acuse de "mentir" sobre seus compromissos ambientais e deseje "potenciar o ódio ao Brasil por mera vaidade".
"Lamento a posição de um chefe de Estado, como o da França, de dirigir-se ao PR (presidente da República) brasileiro como 'mentiroso'. Não fomos nós que divulgamos fotos do século passado para potenciar o ódio contra o Brasil por mera vaidade", escreveu Bolsonaro no Twitter sobre a polêmica envolvendo os incêndios na floresta amazônica.
Em nota emitida nesta sexta-feira, a presidência francesa declarou que "dada a atitude do Brasil nas últimas semanas, o presidente da República só pode constatar que o presidente Bolsonaro mentiu para ele na cúpula (do G20) de Osaka" e "decidiu não respeitar seus compromissos climáticos e nem se comprometer com a biodiversidade".
"Nestas circunstâncias, a França se opõe ao acordo do Mercosul", acrescentou a presidência francesa.
Macron se alarmou na quinta-feira no Twitter com os incêndios que devastam a maior floresta tropical do planeta, falando de "crise internacional" e convocando os países industrializados do G7, que se reúnem a partir de sábado em Biarritz (sul da França), "a falar sobre essa urgência".
Bolsonaro reagiu acusando Macron de querer "instrumentalizar" o assunto "para ganhos políticos pessoais".
"A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI".
Nesta sexta-feira, Bolsonaro escreveu que "como chefe de uma das maiores democracias do mundo, desejo ao povo francês paz e felicidades".
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