A CITES, que regula as vendas internacionais de espécies selvagens, votou definitivamente a regulamentação do comércio de girafas e tubarões-mako, e reforçou a proteção de outros animais, como lontras e elefantes, ao final de sua reunião nesta quarta-feira em Genebra.
A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES) representa mais de 180 países, que se reúnem a cada dois ou três anos para atualizar a lista de espécies que regula.
A CITES, criada há mais de 40 anos, estabelece as regras do comércio internacional para mais de 35.000 espécies de fauna e flora selvagem e dispõe de um mecanismo para sancionar países que violam essas regras.
Entre os animais emblemáticos, a CITES introduziu este ano a girafa em seu anexo II, que sujeita o comércio internacional a licenças, desde que não prejudique a sobrevivência dos animais.
Os delegados reconheceram pela primeira vez que o comércio, especialmente de pele, chifres, cascos e ossos de girafas constituía uma ameaça à sobrevivência da espécie.
A população de girafas na África diminuiu cerca de 40% em três décadas, e hoje tem menos de 100 mil exemplares, segundo os últimos números da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Dezoito espécies de raias e tubarões e três de pepino do mar também foram incluídos no Anexo II, o que representa um fortalecimento das espécies marinhas, algumas das quais estão sujeitas a grandes trocas comerciais.
A CITES também reforçou a proteção de duas espécies de lontras da Ásia, a lontra cinzenta e a lontra de pelo liso, muito apreciadas no Japão como animais de estimação. Passaram do Anexo II para o Anexo I, que proíbe o comércio internacional.
O regulador do comércio mundial de animais selvagens também limitou drasticamente a venda de elefantes africanos ao exterior, capturados na natureza para zoológicos ou parques.
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