O governo dos Estados Unidos está preparado e deseja ajudar o Brasil a combater os incêndios na Amazônia, mas apenas se isto significa trabalhar em conjunto com o governo deste país, afirmou na quarta-feira à noite um assessor do presidente Donald Trump.
"Estados Unidos estão prontos para assistir o Brasil e os esforços para combater os incêndios na Amazônia", escreveu o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Garrett Marquis, no Twitter.
Mas a Casa Branca prefere um plano que inclua discussões com o governo brasileiro, completou.
Os países do G7 (EUA, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão) ofereceram ao Brasil uma ajuda de 20 de milhões de dólares para combater as chamas que afetam a região amazônica. Mas o governo do presidente Jair Bolsonaro afirmou que só aceitará a quantia se exercer controle sobre os recursos.
"Não concordamos com uma iniciativa do G7 que não incluiu consultas com o governo de @jairbolsonaro. A forma mais construtiva de ajudar os atuais esforços do Brasil é em coordenação com o governo brasileiro", indicou Marquis.
Bolsonaro acusa França e Alemanha de querer "comprar" a soberania do Brasil com ajuda financeira.
Ele mantém uma troca de farpas com o presidente francês, Emmanuel Macron, que na semana passada o acusou de "mentir" por "não respeitar seus compromissos climáticos" e mencionou a possibilidade de conceder um "estatuto internacional" para a floresta amazônica. O presidente brasileiro exigiu uma "retratação".
Trump, que recebeu Bolsonaro na Casa Branca em março, expressou na terça-feira no Twitter seu "total e completo apoio" ao presidente brasileiro.