O diretor da Agência Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira (23) que cada país decidirá quando suspender a proibição de voo do Boeing 737 MAX, num sinal das diferenças entre as autoridades da aviação civil em todo o mundo.
"Cada governo tomará sua própria decisão sobre o retorno ao serviço da aeronave, com base em uma abrangente revisão de segurança", afirmou Steve Dickson.
Mais de seis meses após a proibição de voo do Boeing 737 MAX devido a dois acidentes, que causaram 346 mortes, este modelo ainda não tem data para voltar a operar no espaço aéreo americano, declarou o diretor da FAA, cuja proximidade com a fabricante de aeronaves foi denunciada pela imprensa por vários meses.
Dickson também confirmou para os diretores de órgãos reguladores da aviação de outros países reunidos em Montreal que planeja voar no 737 MAX modificado antes de suspender a proibição nos Estados Unidos, de acordo com o texto de seu discurso enviado à AFP.
Acrescentou que a FAA continua a examinar as mudanças feitas pela Boeing no software MCAS, o sistema projetado especificamente para o modelo MAX para não perder a força e que estava envolvido, de acordo com investigações preliminares, nos acidentes da Ethiopian Airlines, em 10 de março, e no da companhia aérea indonésia Lion Air, em 29 de outubro de 2018.
O 737 MAX está em terra há mais de seis meses, um recorde para um modelo de aeronave moderno. O Boeing 787 ficou fora de operação por três meses em 2013, após problemas relacionados à bateria que causaram incêndios.