O Fundo Monetário Internacional (FMI) selecionou formalmente a búlgara Kristalina para ser diretora-gerente da instituição - a segunda mulher a ocupar o cargo na história.
Sua seleção era praticamente certa depois que o credor anunciou, no início deste mês, que Georgieva, ex-presidente do Banco Mundial, era a única candidata.
Ao reconhecer sua seleção, Georgieva falou de tempos tempestuosos para a economia global. "É uma enorme responsabilidade estar à frente do FMI em um momento em que o crescimento econômico global continua a desapontar, as tensões comerciais persistem e a dívida está em níveis historicamente altos", afirmou ela em comunicado.
"Isso significa também lidar com questões como desigualdades, riscos climáticos e rápidas mudanças tecnológicas".
Ela deve assumir o cargo de diretora-gerente em 1 de outubro, substituindo Christine Lagarde, que toma posse à frente do Banco Central Europeu (BCE) no fim deste ano.
Sua posse mantém o controle da Europa sobre a nomeação para a liderança do Fundo.
Ela herda o comando de uma instituição afetada pelo aumento do populismo nas economias avançadas e pelos crescentes conflitos comerciais - o maior deles impulsionado pelos Estados Unidos, principal acionista do FMI.
Georgieva, que foi defendida por Paris, superou as divisões na União Europeia, já que a Alemanha apoiou o ex-ministro holandês das Finanças, Jeroen Dijsselbloem.
Em uma norma tácita, um europeu lidera o FMI desde a sua criação, após a Segunda Guerra Mundial, enquanto o líder da organização irmã do Fundo, o Banco Mundial, é designado por Washington.
David Malpass, ex-funcionário do Tesouro dos EUA que assumiu o cargo no início deste ano como presidente do Banco Mundial, também não enfrentou oposição.