O departamento americano de Estado anunciou nesta segunda-feira que restringirá os vistos de funcionários cubanos responsáveis pelo programa de missões de médicos no exterior, denunciando que os profissionais foram submetidos a restrições de movimento, vigilância e retenção de documentos.
"O departamento de Estado vai impor restrições de vistos" com base na Lei de Imigração aos funcionários cubanos responsáveis por "algumas práticas trabalhistas coercitivas e de exploração, como parte do programa de missões de médicos".
Na semana passada, um grupo de médicos cubanos denunciou em Nova York, à margem da Assembleia da ONU, a "escravidão" sofrida quando integravam as missões internacionais do governo de Havana.
Ao menos 600 mil cubanos prestaram serviços médicos, em cerca de 160 países, nos últimos 55 anos, segundo o governo cubano, que defende a solidariedade de sua "diplomacia dos jalecos brancos".
Segundo o departamento de Estado, alguns médicos do programa foram obrigados, inclusive, a usar o tempo das consultas como uma "ferramenta política".