A China anunciou neste domingo a ambição de virar uma "grande potência" da internet e criticou o predomínio dos Estados Unidos nesta área, durante a abertura da sexta conferência mundial de internet em Wuzhen, região leste do país.
A rivalidade entre China e Estados Unidos acontece cada vez mais no campo tecnológico, à medida que Pequim avança na indústria, enquanto Washington tenta frear as empresas chinesas como a gigante das telecomunicações Huawei.
Cinquenta anos depois do início da internet e 25 anos após sua introdução na China "nos transformamos em uma potência do ciberespaço de 800 milhões de internautas", celebrou o diretor do serviço de propaganda do Partido Comunista da China (PCC), Huang Kunming.
Huang afirmou que o país continuará com o objetivo de "ampliar incessantemente o desenvolvimento da internet e passar do posto de potência do ciberespaço para o de grande potência do ciberespaço".
O desenvolvimento da internet na China acontece com o uso de uma "grande muralha" que bloqueia o acesso de gigantes americanas como Google, YouTube, Twitter, Wikipedia ou Facebook, consideradas uma ameaça pelo partido governante.
Sem citar os Estados Unidos, Huang denunciou o comportamento "agressivo" de alguns países, "que usam o argumento da cibersegurança como desculpa para atacar outros Estados".
Washington incluiu a Huawei em uma lista negra, alegando a suspeita de que os equipamentos da empresa podem ser usados para espionagem por Pequim, algo que o grupo nega.
A conferência reúne 15.000 participantes de 80 países, segundo os organizadores.