O Parlamento grego adotou um projeto de lei controverso e que endurece a legislação sobre requerentes de asilo, apesar das críticas do Conselho da Europa e de várias ONGs, incluindo a Anistia Internacional.
O texto foi votado pela maioria do governo da Nova Democracia, de direita, enquanto os partidos de oposição de esquerda denunciaram os dispositivos que impedem a concessão de asilo na Grécia.
Dado o aumento do número de migrantes e refugiados nos últimos meses, o governo de direita de Kyriakos Mitsotakis, no poder desde julho, anunciou o reforço do procedimento de concessão de asilo.
Após o grande fluxo migratório de 2015, a Grécia se tornou, mais uma vez, a principal porta de entrada para solicitantes de asilo na Europa em 2019, o que surpreendeu o governo.
Atenas defende o reforço dos controles de fronteira para garantir a segurança do país, acusando o ex-governo esquerdista de Alexis Tsipras de tratar o assunto com leniência excessiva.
O Conselho Europeu manifestou preocupação com alguns dispositivos da nova lei.
A comissária de Direitos Humanos do Conselho da Europa, Dunja Mijatovic, alertou para o risco de uma avaliação superficial dos pedidos das autoridades gregas, o que comprometeria os direitos dos migrantes e refugiados.
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