Uma família brasileira foi presa e condenada por coordenar uma rede de prostíbulos espalhados por seis bairros de Londres. Além da acusação, Flavia Xavier Sacchi, de 23 anos, Renato Dimitri Sacchi, de 23, e Raul Sacchi, de 49, são investigados por escravidão moderna, bordéis clandestinos, segurança legal e vendas de droga.
De acordo com a Scotland Yard, o trio empregava pelo menos outros cinco brasileiros e faturava milhões de libras por ano. As investigações duraram mais de um ano, com polícias à paisana no esquema e descreveu o esquema como “uma rede sofisticada de prostíbulos, pelos quais vendiam drogas e controlavam prostitutas, gerando lucros acima de um milhão de libras”. Isso equivale a mais ou menos R$ 5 milhões por ano.
"As pessoas geralmente são reticentes ou têm muito medo de contribuir com investigações sobre escravidão moderna, por isso nosso trabalho é construir uma acusação e desmontar essas organizações criminosas usando todo tipo de prova possível", disse a polícia metropolitana de Londres, em nota.
"Detetives passaram meses empregando diversas táticas para construir a investigação contra o grupo criminoso, adotando uma abordagem baseada em evidências para garantir que fossem condenados e levados à Justiça. Qualquer pessoa que considere explorar outros seres humanos para obter ganhos financeiros deve esperar enfrentar o mesmo nível de investigação e acusação de especialistas."
No dia 24 de outubro, Flávia e Renato confessaram culpa e foram condenados a 8 anos de prisão cada um. Já Raul, foi condenado a 9 anos e ainda nega qualquer tipo de participação no esquema.
O caso acabou ganhando destaque nos tabloides ingleses, que descreveram os brasileiros como líderes de um “um império milionário” de bordéis, drogas e prostituição.
Segundo a lei da Grã-Bretanha, a prostituição ou a oferta de serviços sexuais em troca de dinheiro é uma atividade legal. Por outro lado, a exploração da prostituição, por meio das figuras conhecidas como cafetões ou cafetinas e a existência de bordéis ou prostíbulos é proibida em todo o território.
*A estagiária está sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.