O partido de inspiração islâmica Ennahdha, que terminou em primeiro nas legislativas da Tunísia, propôs ao ex-secretário de Estado Habib Jemli formar o próximo governo, disse nesta sexta-feira à AFP Imed Khemiri, porta-voz deste movimento.
O líder histórico do Ennahdha Rached Ghannouchi já tinha sido eleito nesta quarta-feira presidente do Parlamento.
"Ennahdha propôs Habib Jemli para o cargo de chefe de governo", disse Khemiri à AFP. O Ennahdha tinha até sexta-feira para anunciar o nome da pessoa escolhida para formar um Executivo.
Engenheiro agrícola de formação, Jemli, de 60 anos, é um ex-secretário do Ministério da Agricultura, de 2011 a 2014, nos dois governos de Hamadi Jebali e Ali Larayedh, do movimento Ennahdha.
Em seu currículo, ele diz que não tem "nenhuma afiliação política". O presidente da República, Kais Saied, acadêmico sem partido eleito em 13 de outubro, deve encarregar formalmente Jemli de formar o governo.
Ele tem um mês, renovável uma vez, para executar esta tarefa, e depois o governo deve ser aprovado por uma maioria de deputados. Na falta dessa, o presidente Saied poderá propôr outro chefe de governo.