O ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg ainda não anunciou sua candidatura à Casa Branca, mas deu um novo passo nesse sentido nesta quinta-feira, ao se registrar diante de uma comissão eleitoral federal.
O milionário apresentou os documentos necessários para o registro de um comitê chamado "Mike Bloomberg 2020", confirmou um porta-voz da comissão (FEC).
Este registro é obrigatório para os candidatos a fim de validar seus gastos de campanha, explicou a porta-voz, Judith Ingram. Embora ele não tenha confirmado sua intenção de sair candidato à Presidência, "a partir do momento em que começa a se comportar como candidato, é a coisa prudente a se fazer", disse à AFP.
O septuagenário, que governou a cidade de Nova York de 2002 a 2013, deu vários passos nas últimas duas semanas para uma candidatura à nomeação democrata, sobretudo se registrando como candidato nos estados de Alabama, Arkansas e Texas.
Seu site, mikebloomberg.com, também afirma ser "financiado por Mike Bloomberg 2020".
Há dias, o ex-prefeito se disse "perto" de tomar uma decisão.
Caso se lance na corrida presidencial, sua imensa fortuna - possui cerca de 50 bilhões de dólares, a oitava maior do mundo - pode potencialmente mudar o rumo das coisas, em uma disputa interna muito ampla, com 17 candidatos querendo brigar com Donald Trump nas eleições de novembro de 2020.
Conselheiros de Bloomberg apontaram que, se concorrer, possivelmente não fará campanha nos quatro estados que votarão nas primárias a partir de fevereiro, mas começaria com os 15 estados - como Califórnia e Texas, os mais populosos - que votarão em 3 de março, na chamada "Super Tuesday" (Superterça).
Por ora, o ex-vice-presidente Joe Biden lidera a corrida, à frente dos senadores Elizabeth Warren e Bernie Sanders, com o moderado Pete Buttigieg em quarto lugar, segundo pesquisas.