Luiz Inácio Lula da Silva sofreu nesta quarta-feira mais um revés jurídico, com o Tribunal Regional Federal da IV Região (TRF4) ampliando a pena imposta ao ex-presidente no caso de corrupção envolvendo o sítio em Atibaia.
Lula está em liberdade graças à recente decisão do Supremo Tribunal Federal que determina o cumprimento da pena somente após o esgotamento de todos os recursos, inclusive no STF.
Os três desembargadores da corte de Porto Alegre elevaram a pena de 12 anos e 11 meses de prisão - decretada em fevereiro passado - para 17 anos e um mês.
O ex-presidente foi condenado por obras de reforma no sítio de Atibaia realizadas pelas construtoras Odebrecht e OAS em troca de contratos na Petrobras e em outras estatais.
Lula afirma que o sítio de Atibaia não era seu.
O ex-presidente foi libertado no dia 8 de novembro, após cumprir parte da pena - na sede da Polícia Federal de Curitiba - de 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do Triplex no Guarujá.
Lula é alvo de ao menos outros cinco processos, e se declara inocente em todos. O ex-presidente denuncia uma manipulação político-judicial para afastá-lo das eleições de outubro de 2018, vencidas por Jair Bolsonaro.