O presidente turco Recep Tayyip Erdogan anunciou nesta terça-feira que vai continuar bloqueando um plano da Otan para reforçar a defesa dos países bálticos e da Polônia enquanto a Aliança não reconhecer como "terrorista" uma milícia curda.
De acordo com a imprensa turca, Ancara vetou o plano da Otan que pretende fortalecer os países bálticos e a Polônia ante a Rússia, em reação a um texto que define a milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG) como uma "ameaça".
A questão pode dominar parte das conversas da reunião de cúpula da Otan, que acontece na Inglaterra nesta terça-feira e na quarta-feira.
Antes de viajar para Londres, Erdogan disse que a posição turca "não mudou".
"Se nossos amigos da Otan se negam a reconhecer (as YPG) como uma organização terrorista, sinto muito, mas vamos nos opor a qualquer medida que tentem aprovar na reunião", advertiu.
A Turquia iniciou em outubro uma ofensiva no nordeste da Síria contra as YPG, um grupo que Ancara considera "terrorista" e que os países ocidentais usaram como linha de frente na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
As relações entre Ancara e os membros da Otan são tensas desde a ofensiva, assim como pela compra por parte da Turquia de sistemas de defesa russos.