A Itália autorizou na noite desta terça-feira a chegada de dois navios de ONGs com emigrantes resgatados no Mediterrâneo, após um acordo com países da União Europeia sobre sua distribuição, informou o ministério do Interior.
"A Comissão europeia iniciou o procedimento de distribuição dos 61 emigrantes presentes no navio 'Alan Kurdi' e dos 60 a bordo do 'Ocean Viking'", revelou o ministério em comunicado.
"Alguns países europeus, como Alemanha e França, se ofereceram para receber parte destes emigrantes".
O porto siciliano de Messina receberá o navio "Alan Kurdi", da ONG alemã Sea-Eye, enquanto o "Ocean Viking", da SOS Mediterrâneo, atracará em Pozzallo, outro porto da ilha italiana.
Roma deu sinal verde graças a um "pré-acordo" obtido em 23 de setembro entre França, Alemanha, Itália e Malta. Estes dois últimos países estão na primeira linha da chegada de imigrantes.
Esta iniciativa permitirá evitar que os navios humanitários permaneçam bloqueados no mar durante semanas à espera da permissão dos países para atracar.
O "Alan Kurdi" já resgatou desde o início de sua missão, em 2018, mais de 400 emigrantes naufragados no Mediterrâneo, segundo o Sea-Eye.
Ao menos 80 foram socorridos nestes últimos dias pelo navio humanitário, dos quais 15 puderam ser levados à Itália.
A ONG pediu na segunda-feira às autoridades italianas que ao menos outros dez passageiros que necessitam de ajuda médica urgente sejam admitidos em seu território.
O "Ocean Viking", por sua parte, resgatou na noite de 28 de novembro 60 emigrantes, sendo 19 menores, que estavam em uma frágil embarcação de madeira.