A estrela de Hollywood Jane Fonda revelou, nesta terça-feira (17), que tentou coordenar uma reunião com o presidente Donald Trump pouco depois de sua eleição, para a qual planejava levar um grupo de "bonitas, gostosas e brilhantes" ativistas do clima, como Pamela Anderson, para convencê-lo a enfrentar o aquecimento global.
Ela contou que, após discutir sua ideia com o genro e com a filha do presidente, Jared Kushner e Ivanka Trump, não recebeu qualquer resposta. Isso a levou, então, a se mudar para Washington, onde permaneceu por vários meses, com o objetivo de usar seu estrelato para conseguir convocar mobilizações em massa.
Fonda, que completará 82 anos no sábado, disse nesta terça-feira, no National Press Club, que teve esta ideia um dia depois da vitória de Trump na eleição de 2016.
"Conheço bem homens como Trump (...) de alguma maneira conheço suas inclinações", disse a atriz.
"E pensei: 'Vou procurar três, ou quatro, das mais bonitas, gostosas e brilhantes ativistas do clima - Pamela Anderson é uma delas - e alguns cientistas, e vou fazer uma reunião, e todos vamos ver Trump e nos colocar de joelhos", acrescentou, entre risos.
"Íamos lhe dizer, presidente Trump, pode ser o herói do mundo inteiro, pode ser o mais importante ser humano já nascido, o mais perfeito, maravilhoso, grande, enorme, maravilhoso, se proteger o planeta", contou.
Depois, relatou Jane, ligou para Kushner, que se referiu a sua mulher, Ivanka, a "ambientalista da família". Segundo a atriz, a filha do presidente riu, ao ouvir o plano, mas não fez nada para levá-lo adiante.
Célebre pacifista e feminista desde os anos 1970, a atriz ganhadora do Oscar participou de protestos do lado de fora do Congresso americano, na esperança de promover um movimento em massa que obrigasse o governo a agir em matéria de clima. Mais de uma vez, foi detida junto com outros ativistas.
Ao ser questionada sobre as piadas frequentes de Trump a respeito da ativista sueca Greta Thunberg, Fonda disse que o presidente merece que sintam pena dele.
"Um homem que pode fazer isso com uma menina como Greta está tão vazio, tão sem empatia e de compaixão, que temos de ter compaixão", afirmou.