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Estado de Minas

OEA rejeita violência racial na Bolívia e pede respeito a indígenas


postado em 18/12/2019 19:25

A Organização dos Estados Americanos (OEA) rejeitou nesta quarta-feira (18) a violência racial na Bolívia e pediu que se respeite os direitos dos povos indígenas, em uma resolução que acolhe a investigação dos eventos ocorridos no contexto das polêmicas eleições de outubro.

O texto proposto pela Comunidade do Caribe (Caricom) foi aprovado por 18 votos, incluindo os de Argentina, México, Nicarágua e Uruguai.

Votaram contra Bolívia, Colômbia, Estados Unidos e Venezuela (representada por um delegado do líder da oposição Juan Guaidó).

Dos 34 membros ativos da OEA, 11 se abstiveram, incluindo Brasil e Canadá, e o Haiti estava ausente.

A resolução pede às autoridades bolivianas que respeitem e cumpram "efetivamente" todas as obrigações decorrentes do Direito Internacional sobre os povos indígenas.

Além disso, congratula-se com o fato de um grupo independente de especialistas internacionais, acordado após a recente visita ao país da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), investigar os atos de violência desencadeados antes e após as últimas eleições. Estes episódios resultaram em protestos com 36 mortos.

Durante a sessão do Conselho Permanente da OEA, órgão executivo do bloco, uma resolução com emendas ao projeto proposto pelo Caricom, apresentado pela Bolívia, não prosperou.

Essa iniciativa manifestava "solidariedade" com o país andino em sua luta contra o uso da violência, "incluindo todas as formas de opressão e intimidação contra bolivianos de origem indígena".

O projeto emendado não conseguiu obter uma maioria simples de 18 votos para ser aprovado. Apenas oito países apoiaram: Bolívia, Brasil, Colômbia, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai e Venezuela.

A Bolívia foi sacudida por violentos protestos após as eleições de 20 de outubro, vencidas pelo presidente Evo Morales, um indígena aimará, e questionadas pela oposição.

Diante da pressão popular, da falta de apoio das Forças Armadas e de denúncias de fraude confirmadas pela OEA, Morales abandonou o cargo e se refugiou no México, de onde seguiu para a Argentina, onde denuncia um "golpe de Estado" e "racismo" contra os povos indígenas.


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