Um emissora de rádio americana cancelou um programa depois que seu apresentador desejou que houvesse um "bom tiroteio em uma escola" para atrapalhar a cobertura das audiências políticas de Donald Trump.
Chuck Bonniwell fez esse comentário depois de criticar a cobertura "interminável" das audiências de impeachment no programa "Chuck & Julie" na estação de rádio de Colorado 710 KNUS, segundo a KUSA, afiliada local da NBC.
"Sabe, desejei que um bom tiroteio em uma escola o interrompa", disse ele ao outro locutor durante a transmissão de terça-feira, cuja gravação foi obtida pela KUSA.
Seu colega deu um pulo rápido e contestou: "Não, não, nem diga isso. Não liguem para nós. Chuck não disse isso".
Bonniwell então acrescentou "...um no qual nada seja danificado".
Colorado talk radio host Chuck Bonniwell of @710KNUS said he wished for "a nice school shooting" to interrupt coverage of President Trump's impeachment. #copolitics #9NEWS pic.twitter.com/cgrsIftwD7
— Kyle Clark (@KyleClark) December 18, 2019
Na quarta-feira, o 710 KNUS anunciou o cancelamento do programa "Chuck & Julie".
"Dado o histórico de violência escolar que afetou nossa comunidade, o 710 KNUS confirma que foi decidido encerrar o programa imediatamente", afirmou em comunicado divulgado no Twitter.
OFFICIAL STATEMENT:
— 710 KNUS Denver (@710KNUS) December 19, 2019
Given the history of school violence that has plagued our community, 710 KNUS confirms that an inappropriate comment was made on the Chuck & Julie show by co-host Chuck Bonniwell. A programming decision was made to end the program immediately.
Nos últimos tempos, os Estados Unidos foram abalados por vários tiroteios em escolas que provocaram um movimento estudantil para modificar as leis sobre armas.
Em 1999, o Colorado foi protagonista quando dois adolescentes mataram 12 colegas e um professor na Columbine High School, em Littleton, antes de cometer suicídio.
Outros tiroteios em massa nas escolas americanas incluem o massacre de dezembro de 2012 na Sandy Hook Elementary, em Newton, Connecticut, onde 26 pessoas foram mortas a tiros, e o de fevereiro de 2018 em Parkland, Flórida, onde 17 pessoas morreram.